sábado, 18 de novembro de 2006

Derretendo

Fazia tempo que eu não passava mal por causa do calor. Perfeito pra sair de casa, roupa leve, bebida gelada. Ontem estavam tocando blues, um p*ta blues, por sinal. Só não atravessei a rua e fui lá porque estava um bagaço. Agora estou melhor, depois de um pouco de sono e muita água, mas também não vou. Acordo cedo amanhã, um saco. Também, boa como ontem a música provavelmente não vai estar, mesmo... Sim, quem desdenha, rs. Letra para o dia de hoje:

Calor

- Adriana Calcanhotto -

Tarde turquesa

Quarenta graus

Talvez porque você não esteja

Tudo lateja

Tarde sem nuvem

Cincoenta graus

Talvez por sua ausência

Tudo derreta

Noite sem ninguém

Nada se mexe

Eu sonho nosso amor a sério

E você em outro hemisfério

Enquanto tudo derrete

Enquanto tudo derrete

Enquanto tudo parece

Derreter...

E, dica da Tan, que, por sua vez, recebeu a dica da Claudia, fiquei tentada a comprar um All Star numa loja virtual de Curitiba, rs. Mas não gosto de tênis. E tenho receio de comprar essas coisas com tamanho certo e tal online. Deixo a dica aos mais corajosos e interessados, tem muita coisa legal lá pra quem curte All Star. Coisa da minha infância, All Star, rs.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Cavalos que ladram

Até que morar com a minha mãe não é tão ruim assim. Até que dar aula pra crianças não é tão ruim assim. Até que acelerar o ritmo das aulas não é tão ruim assim. Tudo isso pelo pouco que pude experimentar disso tudo hoje. Deixando os apesares de lado, é bem capaz que eu acabe encontrando um lado filha, um lado mãe, um lado professora em mim. Que coisa – estranha? maravilhosa? fantástica? Brincar com as categorias do Todorov vá lá, querer ser boa filha e boa professora também, já se deixar levar pelo comprovadamente falso instinto maternal não, né? Era só o que me faltava. O pior é que essa minha inesperada atração por/em crianças – não, seus pervertidos!... rs – já está começando a me incomodar. Deve ser a idade, rs. Mas é criança que me procura pra brincar, é mulher grávida que me procura pra conversar... Confesso que fico meio lisonjeada – meio tentada?! Não, preciso me lembrar de que criança é uma gracinha no colo e no ventre dos outros. É, isso. Ah, e também preciso me lembrar de separar essas três coisas, filha, mãe, professora, claro. Diz a regra que não se deve misturá-las, ao menos no que diz respeito à coisa-professora, e eu obedeço.

E este final me lembrou Cortázar – “los caballos no ladran,” dice el doctor, y dice bien (“Inmiscusión terrupta”?) – e salvou a parte “arte” deste post. Não li nada, não ouvi nada nem remotamente relacionado a qualquer coisa mencionada aqui hoje e estava desesperada por uma idéia qualquer, rs. Bendito Julio, inquilino bem-vindo e perpétuo do meu subconsciente, que é tão pouco digno dele.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

O beijo

Não, seus pervertidos, é a minha mãe!... rs

Engraçado notar que, apesar de todas as (muitas) diferenças, sua mãe e você são (muito) mais parecidas do que pensavam. Mulheres, enfim.

Obrigada, mãe. Foi um dia adorável, como diriam, em inglês, claro, os falantes de inglês. Adorável pelas risadas, pelos conselhos e apesar das fotos, rs.

E me lembrei do Klimt e seu famoso beijo. Preciso colocá-lo aqui um dia também.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

De anjos e, ou De anjos a

Compensou chegar na aula às onze e ouvir que tenho uma boa impostação de voz. Imagine, fazer televisão. Teatro me atrai, sim, e me seria “útil”, inclusive, no sentido mais prático do termo mesmo. Mas me esqueci de dizer a ele que, quando criança, queria ser dubladora (dubladora? Whatever, dubladora, não dublê – desastrada que sou... Meu negócio parece mesmo ser voz, não corpo, embora o corpo, que hoje tanto me – anyway). Pena que precisa de licença de ator pra isso, pelo que eu saiba, ao menos se você não tem “Q.I.”. Fazer teatro, então, um dia, quem sabe. Vai que eu me descubro, vai que eu me encontro, ainda que num desses grupos da terceira idade, rs.

TV puxa teatro, teatro puxa cinema – então, falando nisso, pena que só havia eu pra ver Dois anjos, filme que me atraiu pelo cartaz mesmo, não me perguntem do que se trata, algo assim meio “cult”, pelo pouco que pude perceber. Véspera de feriado e quase ninguém no cinema, quase todo mundo pra ver as tais torres (que, sim, quero ver também, tendo visto já Vôo 93, mas hoje não cabia nos meus horários – hum, quem vê pensa!... rs) ou o tal grito, que coisa. Mas compensou descer de volta, parar na farmácia pelos frasquinhos coloridos, fingir um interesse que é meio verdadeiro por perfumes e acabar comprando três bombons diet deliciosos, uma supresa, rs.

Sim, e se um dia eu tiver uma banda (“se eu tiver uma banda”, rsrsrs!... Deveria escrever “se eu tivesse uma banda”, isso sim, mas...), na verdade, não eu, minha amiga Tania e eu, ela se chamará Caracóis do Mau. Se for gótica, boa sugestão da minha band partner, Grinaldas da Morte, que, aliás, parece coisa de viúva negra e tal, rsrsrs!... E se eu tiver outra banda, agora com a minha amiga Simone, ela se chamará Hamanaki, porque Minabata parece coisa de gente sádica, e a gente até que é boazinha, apesar de – deixa pra lá, rs. Os possíveis nomes pra minha impossível banda com a Si vêm dos nossos sobrenomes, claro. Já os possíveis nomes pra minha também impossível banda com a Tan deixo pra vocês adivinharem de onde vêm. Não, como eu disse que sou até que boazinha, um deles explico abaixo – o outro, dica: vem de um livro infantil de um escritor gaúcho que é um dos meus favoritos, nacional e internacionalmente falando. Pois é, não digo o nome do livro porque não me lembro, só isso, na verdade, rs...

Quando dei acordo de mim estava num lugar escuro: as estrelas passavam seus raios brancos entre as vidraças de um templo. As luzes de quatro círios batiam num caixão entreaberto. Abri-o: era o de uma moça. Aquele branco da mortalha, as grinaldas da morte na fronte dela, naquela tez lívida e embaçada, o vidrento dos olhos mal-apertados... Era uma defunta!... (...)

E continua com uma cena de necrofilia, logo desfeita por catalepsia, seguida por delírio e morte, enfim. Sim, Álvares de Azevedo em seu “lado negro”, como vocês bem conhecem, o meu preferido, aliás, a história de Solfieri, uma das minhas preferidas, talvez, junto, se bem lembro, com a de Johann, em Noite na taverna, um dos meus livros preferidos, que há tempos gostaria de adaptar para o teatro, grandíssima pretensão a minha – ah, sim, por que não?, e encenar também, talvez num dos papéis masculinos, por que não?, pretensões maiores ainda, rs.

E a ponte me lembrou, e os girassóis (não, não há girassóis no Alvinho, como carinhosamente o chamávamos, não que eu lembre, pelo menos, e sim no Caio – estão vendo só? Entreguei o autor já, agora só falta eu me lembrar do livro, rs) me lembraram... Fantasmas. Damned little morbid side of mine, rs.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Horas muy buenas, ou Conspiração

O cartaz aí em cima serve mais pra enganar, mesmo. Não que eu tenha ido ao cinema só pra enganar, muitíssimo pelo contrário, se tem coisa que não faço é isto, e, por sinal, detesto quem o faz, mas é que não me considero apta a tecer comentário algum sobre o filme tendo-o visto assim, pensando no livro há pouco mal começado e tal. Poderia dizer que o som, poderia dizer que a chuva, poderia dizer que os animais, poderia dizer que os atores, em sua imensíssima maioria, mas prefiro me calar, ao menos até uma próxima vez, se é que haverá uma próxima vez, e até o final do romance. Romance sobre o qual o próprio autor escreveu, aliás:

(...) Quando eu terminei O Veneno da Madrugada, meu primeiro romance, dei os originais a vários amigos, desses que costumam ser muito críticos, e eles me disseram: “Parabéns, é boa, mas, claro, não é um grande livro.” Devem ter notado alguma coisa no meu rosto, porque se apressaram a acrescentar: “Nenhum primeiro romance é um grande romance.” Sofri uma desilusão tremenda. Pensava: “Agora sim, me danei. Sou incapaz de escrever alguma coisa melhor do que esse livro.” Senti que o meu mundo caía, e não conseguia parar de repetir: “Eu me danei, me danei....

O romance, no entanto, está me agradando (tanto que até já copiei um trecho dele por aqui, trecho encenado, aliás, com modificações que, sei lá, viu?) – o filme, por outro lado... Mas eu disse “sem comentários por enquanto”, e vou tentar cumprir o que disse, apesar de saber muito bem que já descumpri, que nas entrelinhas, como sempre, me entrego, coisa que até um cego pode ver, e que não vem ao caso aqui. E falando nisso, e citando o Gabo, me lembrei, pela segunda vez nesta atualização de hoje deste blog tosco, neste que é o segundo post do dia, porque o de amanhã é, na verdade, o de hoje, já de ontem, pelo horário, sendo bem precisa, e o de hoje é, na verdade, o de ontem, ou o de anteontem, precisão e tal, então, me lembrei de algo, alguém, sendo bem precisa, que – que absolutamente não deveria vir ao caso aqui, mas que vem, e como vem, e como sempre, e com muitíssima mais freqüência do que eu gostaria de que viesse, já que não vem de fato e tal, e talvez pra minha própria sorte, ainda que pro meu próprio azar...

De volta ao assunto, porque é o mesmo assunto, embora não pareça, foi legal encontrar o Caio no SESC ontem (que, como vocês sabem, não é ontem, mas tudo bem, façamos de conta que é), foi legal ir à Zoom com ele hoje (que, sim, como vocês sabem, etc.), foi legal reclamar, saudade tanta, do nosso casal de amigos que morreram pro mundo pra viver só um pro outro, a coisa mais estupidamente romântica que já vi, rs, foi legal falar sobre (in)definições sexuais e outros (pre)conceitos, foi legal parar num bar em que eu nunca tinha tido coragem de parar antes, rs, foi legal conversar com a “tiazinha” do carrinho de lanche, porque pra conversar só não importa se a gente é ovolactovegetariana ou não, e foi legal dividir uma cerveja depois de tanto tempo bebendo sozinha. Preciso fazer isto mais vezes, beber acompanhada, não sozinha, é claro, que sozinha eu já bebo quase sempre.

Ah, já ia me esquecendo de duas coisas não menos (talvez até mais, na verdade, mas quem sou eu pra julgar qualquer coisa?) importantes: a história que o João nos contou sobre o médico jovem lá de Ribeirão, esperança de um futuro melhor, e a conversa que minha mãe e eu tivemos neste fim-de-tarde, esperança de um futuro melhor?...

Mas isso de primeiros romances... Primeiros álbuns conheço vários que são grandes, sim, no sentido de grandiosos mesmo. Vou prestar mais atenção às estréias dos romancistas, então, depois lhes conto o que deduzi deste assunto. Só sei que, em geral, tudo que é primeiro, é primeiro, vocês sabem.

(créditos que estavam nas entrelinhas: Ruy Guerra e Gabriel García Márquez)

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Que Malwee o quê!...

Rock de excelente qualidade à tarde e, à noitinha:

Alguém total

Composição: Luiz Tatit e Dante Ozzetti

Vem me abraçar, vem

Vem reparar bem

Quem é que abraçou quem

Pois vou lhe abraçar também

Quem dá um abraço

Não sabe se deu

Ou se devolveu

Ou se perdeu

Quando o abraço sai de alguém e não volta

Não envolveu

Anunciou

Renunciou

Dissolveu

Vem me abraçar, vem

Vem reparar bem

Quem é que abraçou quem

Pois vou lhe abraçar também

Quem quer um pedaço

Um pouco de alguém

Abraçando tem

E ainda mais

Se o abraço for além de um minuto

Aí é fatal

Envolveu

Você tem

Um alguém total

E eu ADORO abraços!... :)

domingo, 12 de novembro de 2006

Da madrugada

“A sexta-feira amanheceu morna e seca. O Juiz Arcadio, que se vangloriava de fazer amor três vezes por noite desde que o fizera pela primeira vez, rebentou naquela manhã os cordões do mosquiteiro e caiu no chão com sua mulher no momento supremo, enredados os dois na cortina de renda.

- Deixe assim. - murmurou ela. - Depois eu ajeito.

Surgiram completamente nus por entre as confusas nebulosas do mosquiteiro. O Juiz Arcadio foi ao baú apanhar umas cuecas limpas. Quando voltou, sua mulher já estava vestida, pondo o mosquiteiro em ordem. Passou sem olhá-la, e sentou-se do outro lado da cama para calçar os sapatos, a respiração ainda alterada pelo esforço do amor. Ela o perseguiu. Encostou em seu braço o ventre redondo e tenso e lhe mordeu a orelha. Ele a afastou com suavidade.

- Deixe-me quieto. - disse.

Ela soltou uma gargalhada cheia de boa saúde. Acompanhou o marido até o outro extremo do quarto, tocando-lhe os rins com os indicadores. “Anda, burrinho”, dizia. Ele deu um salto e lhe afastou as mãos. Ela o deixou em paz e voltou a rir, mas de repente ficou séria e gritou:

- Jesus Cristo!

- Que foi? - perguntou ele.

- A porta ficou aberta de par em par. - gritou. - Já é muita falta de vergonha.

Entrou no banheiro às gargalhadas.”

Trecho de O veneno da madrugada, cujo título original é La mala hora – preciso terminar de ler pra ver se entendo o porquê dessa tradução... Pena que não vou conseguir antes de ver o filme, amanhã, ou segunda, não sei.

(créditos: Gabriel García Márquez, em tradução de Joel Silveira)

P.S.: Happy birthday to you, Rê!... :)

sábado, 11 de novembro de 2006

Programação de 10/11/2006, ou Fácil?

Manhã:

- On peut faire passer le hoquet en buvant un peu d’eau avec la tête baissée.

[- Pode-se fazer passar o soluço bebendo-se um pouco d’água com a cabeça abaixada.]

O negócio é conseguir beber água com a cabeça abaixada!...

Tarde:

“Narrar es fácil (...) si uno ha vivido lo suficiente para captar el orden de la experiencia.

Como diria a Madonna, “hope I live to tell”, rs.

Noite:

- Não tô perseguindo você, não. É que é mais fácil pra mim aqui.

- Claro!...

De um telefonema a um ônibus, preciso escrever (mais) um e-mail!

(créditos (a)creditáveis: Ricardo Piglia, apud Profª. Drª. Neide T. Maia González)

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

E(u)quador, ou "... a lo maravilloso"













Não encontrei a imagem que gostaria de ter encontrado, mas encontrei essa do Dalí e me lembrei imediatamente dessa do Julio (intertextos?). Pena que não os posso fazer encarar – cada um com a sua respectiva lupa, cada um com a sua respectiva mirada –, um ao outro aqui. Mas quem sabe um dia, em paredes opostas de uma suposta casa minha futura, labirinto de referências?...

Adorando ouvir “espanhol de verdade” assim, por dias seguidos, e me indignando contra “espanhóis de mentira” desnecessários. Lembranças de dois amigos – cada um com a sua respectiva distância, cada um com a sua respectiva importância –, cidades, universidades, o norte e o sul. Eu, equador. Euquador. Eu-coador. Eu co’a dor. Trocadilhozinhos interessantes, rs. Sim, mas quem sabe um dia?...

(créditos de parte de parte do título: Profª. Drª. Teresa Cabañas)

P.S.: E adorei meu cabelo novo, ainda mais curto!... :)

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Minha lista de compras, ou R$57,90

kiwi

maçã verde

pêra portuguesa

leite desnatado

toddy

farinha láctea

farinha de aveia

aveia em flocos finos

café solúvel

chá tipo Índia

chá tipo abacaxi e hortelã

pão light tipo aveia

pão light tipo iogurte

escova de dente

fio dental

enxaguador bucal

desodorante tipo roll-on

curativo tipo band-aid

Pele de urso, ovo de galinha - ou Quase um feitiço

Frase do dia, a qual nada tem a ver com o dia, mas...:

“Ne vends pas la peau de l’ours avant de l’avoir tué.”*

Ou, em bom português:

“Não conte com o ovo antes de a galinha botar.”

Explicação interessante:

“Lá eles têm urso, aqui a gente tem galinha, oras, rs.”

*literalmente, “Não venda a pele do urso antes de o ter matado.”

(créditos: sabedoria do povo francês, sabedoria do povo brasileiro e sabedoria da Livia)

P.S.: Autocitação: "Feliz aniversário, senhor fotógrafo cortazariano!... :)"

terça-feira, 7 de novembro de 2006

No mistakes, ou Just tango on


Citando meio que de memória:

“There are no mistakes in tango. Not like life. Simple... That’s what makes tango so great. It’s simple... If you make a mistake, if you get all tangled up, you just tango on.”

[“Não existem erros no tango. Diferentemente da vida. Simples... Isso é o que faz o tango tão grandioso. É simples... Se você comete um erro, se você fica todo enrolado, você simplesmente continua dançando.”]

Vontade de voltar a fazer aula!... Mas... E o parceiro?! Saco, rs.

(créditos ao diretor e ao roteirista de Perfume de mulher pela imagem e pela frase)

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Barcelona Babilônia


[Wendy, anglófona, tentando explicar, por telefone, à mãe de Xavier, francófona, que ele está na faculdade:]

Wendy: Xavier’s gone to school. Okay? (O Xavier foi pra escola. Certo?)

Xavier’s Mother: Ah, oui! Il est à la fac. (Ah, sim! Ele está na faculdade.)

Wendy: What? (Quê?)

Xavier’s Mother: La fac! (A faculdade!)

Wendy: La fuck? (A foda?)

Xavier’s Mother: Yes. After fac he can telephone maman. (Sim. Depois da faculdade ele pode telefonar pra mamãe.)

[Wendy, gastando o seu “francês”, após essa breve conversa telefônica com a mãe de Xavier:]

Wendy: I’m going to fuck. (Vou à foda. / Vou foder.)

Trocadilho engraçadíssimo, rs. Uma tradução melhorzinha para o português seria, talvez, “facul” para “fac” e, adaptando para justificar a confusão pela sonoridade, “cu” para “fuck” (hum, melhor nem arriscar uma outra versão pra última frase da Wendy, então, rsrsrs), mas acho que dá pra entender a idéia. Mais citações, especialmente sobre a vida em uma nova cidade (ah, tem também a cena, hilária, em que a amiga lésbica de Xavier lhe dá uma aulinha sobre como, digamos, “abordar” uma mulher, rs), assim que eu conseguir assistir ao DVD novamente, com legendas em francês, porque não vou copiar a tradução para o inglês das citações lá do IMDb se o filme não é em inglês, claro. Chata, eu sei, rs. Mas o filme é muito bacana, estilão comédia inteligente. Sem contar que podemos ouvir um bocado de línguas diferentes, francês, espanhol, catalão, inglês, acho que até holandês, se não me engano... Verdadeira torre de babel, uma delícia. Vi no cinema quando saiu e comprei recentemente, pra mim e pra uma amiga que o adorou e o “encomendou” comigo. Agora vou sempre me lembrar dela quando pensar nesse filme, legal. Legal também seria fazer o que o protagonista faz (sim, passar um ano em outro país também, mas não só isso – sem contar que, sim, já dividi, ainda que por pouco tempo, uma “moradia estudantil”, saudade!..., e posso dizer que o filme retratou muito bem as pessoas legais e as coisas legais, mas convenientemente “atenuou” as pessoas chatas e as coisas chatas, rs), jogar tudo pro alto e se dedicar a um antigo sonho, escrever. Quem me dera. Ah, e quem me dera fazer flamenco também!!! rsrsrs

(créditos a Cédric Klapisch)

domingo, 5 de novembro de 2006

Dimensões paralelas

Aquarius / Let the sunshine in

- The Fifth Dimension -

When the moon is in the seventh house / And Jupiter aligns with Mars / Then peace will guide the planets / And love will steer the stars / This is the dawning of the age of Aquarius / Age of Aquarius / Aquarius! / Aquarius!

[Quando a lua estiver na sétima casa / E Júpiter se alinhar com Marte / Então a paz guiará os planetas / E o amor conduzirá as estrelas / Este é o despertar da era de Aquário / Era de Aquário / Aquário! / Aquário!]

Harmony and understanding / Sympathy and trust abounding / No more falsehoods or derisions / Golden living dreams of visions / Mystic crystal revelation / And the mind’s true liberation / Aquarius! / Aquarius!...

[Harmonia e entendimento / Simpatia e confiança em abundância / Nada mais de falsidade ou desprezo / Vivos sonhos dourados de visões / Revelação mística de cristal / E a verdadeira liberação da mente / Aquário! / Aquário!...]

Let the sunshine, let the sunshine in, the sunshine in / Let the sunshine, let the sunshine in, the sunshine in / Let the sunshine, let the sunshine in, the sunshine in...

[Deixe o brilho do sol, deixe o brilho do sol entrar, o brilho do sol entrar / Deixe o brilho do sol, deixe o brilho do sol entrar, o brilho do sol entrar / Deixe o brilho do sol, deixe o brilho do sol entrar, o brilho do sol entrar...]

Oh, let it shine, c’mon / Now, everybody, just sing along / Let the sun shine in / Open up your heart and let it shine on in / When you are lonely, let it shine on / Got to open up your heart and let it shine on in / And when you feel like you’ve been mistreated / And your friends turn their back on you / Just open your heart, and shine it on in* / You got to feel it, you got to feel it...

[Ah, deixe-o brilhar, vamos / Agora, todo mundo, cantem junto / Deixe o sol entrar e brilhar / Abra o seu coração e deixe-o entrar e brilhar sem parar / Quando você estiver só, deixe-o entrar e brilhar sem parar / Tem que abrir o seu coração e deixá-lo entrar e brilhar sem parar / E quando você se sentir como se tivesse sido maltratado / E seus amigos derem as costas pra você / Apenas abra o seu coração, e entre e brilhe(-o?) sem parar* / Você tem que sentir, você tem que sentir...]

*trecho estranho, no original e na tradução, acho

Divertidíssimo, rs. Tosquice pouca é bobagem – por isso traduzo, pra ficar mais tosco ainda, rs. É nada, traduzo por consideração à Rafa, ainda que ela não apareça mais por aqui, rs. E, de acordo com um certo site, meu signo me torna toda emoção, enquanto meu ascendente me torna toda razão. Pronto, tá explicado, rs. Ah, e está faltando um pedaço – da letra, claro. Claro?

sábado, 4 de novembro de 2006

Vitae mesmo?

Eu, que não sou eu, e sim Ela

possui graduação em Letras, tendo obtido os diplomas de bacharel (2004) e licenciada (2005) em Língua Portuguesa e Língua Francesa pela Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCL/CAr), da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em pesquisa e ensino, trabalhando principalmente com os seguintes temas: estudos literários, semiótica, literatura comparada, intertextualidade, narrativa, conto, línguas estrangeiras modernas. Atualmente, é mestranda em Estudos Literários, sob a orientação do Prof. Dr. Luiz Gonzaga Marchezan e com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e graduanda reingressante em língua alemã, pela mesma faculdade. Atua também como professora voluntária em um projeto social na cidade de Araraquara - SP.

Não, não se parece muito comigo, ainda mais escrito assim, em terceira pessoa, “possui”, “tem”, “é”, “atua”. Normas do CNPq. No Lattes, não há espaço para outros verbos e outras pessoas, uma pena.

E já me disseram que eu abuso da primeira pessoa do singular, "eu", "eu", "eu", egoísmo, egotismo, egocentrismo, será?