quinta-feira, 25 de maio de 2006

Ele, simply - and not so simply, of course.

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Caring - ou Do nariz como limite do mundo

acordar, quase no fim da tarde, é verdade, mas acordar, acordar e pensar, puxa vida, parece que eu tô melhor, melhor ainda, parece que o tempo tá melhor, uma daquelas pequenas maravilhas geralmente tão injustiçadas, sabe como é, a gente só dá valor a certas coisas quando, ver o final da vitória do Barcelona sobre o Arsenal junto com o daddy, já que o corpo ainda não permite muita coisa além disso, e me lembrar do meu dear English teacher, although he said he does not support Arsenal, será que é séria a história do Ponte Preta?, entrar na net pra confirmar a tal suspensão, e pra perder tempo também, claro, o inconfessável, glad to know you know you interest me, my friend, that’s not even a confession, you already know that, já o disse tantas vezes, i-do-care-about-you, e assim, com todas as letras, embora em inglês, e o meu professor, que estudou lingüística e tal, disse que there are some things we don’t say in our mother tongue because they’d sound much stronger and closer to ourselves if we did, algo assim, que eu já sabia, consciente, subconsciente ou inconscientemente, aliás, disfarçar covardias com conhecimentos lingüísticos, que coisa, se o tamanho do meu medo é diretamente proporcional ao do meu interesse por idiomas, falando nisso, para que os franceses possam evitar seus medos em português, assinem, s’il vous plaît, e a coincidência, mais uma, de uma das minhas cores favoritas

Gregorovius suspirou. Todo mundo suspirava quando ela fazia alguma pergunta. Horacio, mas sobretudo Etienne, porque Etienne não somente suspirava como também bufava, berrava e a chamava de estúpida. “É tão violeta ser ignorante”, pensou a Maga, ressentida. Sempre que alguém se escandalizava com suas perguntas, uma sensação violeta, uma massa violeta a envolvia por um momento. Tinha de respirar profundamente e o violeta se desfazia, voando para longe, como os peixes, dividindo-se numa multidão de losangos violeta, uns pequenos barris nos subúrbios de Pocitos, o verão nas praias, manchas violeta contra o sol e o sol se chamava Ra e também era egípcio como Pascal. Já quase não se importava com os suspiros de Gregorovius; depois de Horacio, pouco se importava com os suspiros de alguém quando fazia alguma pergunta, mas isso não impedia, de qualquer modo, que continuasse a ficar com uma mancha violeta diante dos olhos, durante um momento, e também com vontade de chorar, algo que durava apenas o tempo de sacudir o cigarro com aquele gesto que estraga irresistivelmente os tapetes, supondo-se que existam.

(Quanto aos prejuízos acadêmicos, reitero a plena confiança de que nossos alunos e nossos servidores docentes e técnico-administrativos saberão compensar a suspensão de atividades com sua dedicação e competência.)
(traduções: 01. “care”, segundo o Longman, “achar que alguma coisa é importante, de modo que você se interessa por ela, se preocupa com ela, etc.”, “preocupar-se com o que acontece com alguém, porque você gosta desta pessoa ou a ama”; 02. “daddy” todo mundo sabe – curioso é eu não o chamar de “papai”, a teoria mencionada pelo meu professor deve estar certa, pelo visto; 03. querido professor de inglês, embora ele tenha dito que não torce para o Arsenal; 04. o trecho todo, inclusive com as passagens já em portguês, para não ficar tão truncado: fico feliz em saber que você sabe que você me interessa, meu amigo, isso não é nem mesmo uma confissão, você já sabe disso, já o disse tantas vezes, eu-me-importo-sim-com-você, e assim, com todas as letras, embora em inglês, e o meu professor, que estudou lingüística e tal, disse que há algumas coisas que não dizemos na nossa língua materna porque elas soariam muito mais fortes e mais próximas de nós mesmos se o fizéssemos; 05. o óbvio do “por favor” em francês)
(créditos: a Julio Cortázar e a Claudio Gomide)

quarta-feira, 17 de maio de 2006

o cúmulo

o ápice da doença, tomara que a cura venha logo em seguida, então, o dia no sofá intensificando tanto desconforto, maldição

(você já teve pneumonia, tem mais chance de morrer se pegar de novo do que quem nunca teve, besteira, crendice popular)

O marquês não se confiou a Deus, mas a tudo o que lhe desse alguma esperança. Na cidade havia outros três médicos formados, seis boticários, onze barbeiros sangradores e um sem-número de curandeiros e mestres em feitiçaria, embora nos últimos cinqüenta anos a Inquisição tivesse condenado mil e trezentos a diferentes penas e queimado sete na fogueira. Um jovem médico de Salamanca abriu a ferida fechada de Sierva María e pôs-lhe umas cataplasmas cáusticas para extrair os humores rançosos. Outro tentou a mesma coisa com sanguessugas nas costas. Um barbeiro sangrador lavou a ferida com a urina dela própria e outro a fez bebê-la. Ao fim de duas semanas ela havia suportado dois banhos de ervas e duas lavagens emolientes por dia, e levaram-na à beira da agonia com cozimentos de antimônio natural e outros filtros mortais.

A febre cedeu, mas ninguém ousou proclamar que a raiva estivesse conjurada. Sierva María sentia-se morrer. A princípio resistia com o orgulho intacto, mas após duas semanas sem nenhum resultado tinha uma úlcera de fogo no tornozelo, a pele escaldada por sinapismos e vesicatórios, e o estômago em carne viva. Passara por tudo: vertigens, convulsões, espasmos, delírios, solturas de ventre e de bexiga, e se retorcia no chão uivando de dor e de fúria. Até os curandeiros mais afoitos a abandonaram à própria sorte, convencidos de que estava louca ou possuída pelos demônios. O marquês já tinha perdido todas as esperanças, quando apareceu Sagunta com a receita de Santo Huberto.

Foi o final. Sagunta se desfez de seus lençóis e se besuntou com ungüentos de índios para esfregar seu corpo no da menina nua. Esta resistiu de pés e mãos apesar de sua fraqueza extrema, e Sagunta a submeteu à força. Bernarda ouviu de seu quarto a gritaria demente. Correu para ver o que acontecia e encontrou Sierva María esperneando no chão, e Sagunta em cima dela, envolvida na maré de cobre da cabeleira e ululando a oração de Santo Huberto. Chicoteou ambas com as cordas da rede. Primeiro no chão, as duas encolhidas pela surpresa, e depois perseguindo-as pelos cantos até que lhe faltou fôlego.
(créditos: Gabriel García Márquez, o Gabo)

terça-feira, 16 de maio de 2006

A noite em que a cidade parou

Senhores alunos e professores,

Por determinação da Direção da Faculdade de Ciências e Letras do Campus de ----------, informamos que as aulas estão suspensas no período de 16 a 19 de maio de 2006.
Informamos ainda que o expediente administrativo está suspenso no dia 16 de maio (terça-feira).

Atenciosamente,

Fernanda Outeiro
Supervisor de Seção-Substº
Seção de Pós-Graduação

C O M U N I C A D O n° 03/2006

Considerando os acontecimentos recentes envolvendo segurança pública e também as informações recebidas dos Órgãos de Segurança do Estado de São Paulo, o Conselho Diretor do Campus de ---------- delibera suspender as atividades das Unidades do Campus de ---------- até o dia 19.05.2006.
O Diretor de cada Unidade de ---------- estabelecerá as atividades essenciais que devem ser mantidas.

----------, 15 de maio de 2006.

Profª Drª MAYSA FURLAN
Presidente do Conselho Diretor/CAr.


- Fazendo o quê, andando por aí numa noite como esta?
- Pois é, uma garota perambulando sozinha por essas ruas... Fui à escola, faço espanhol lá, mas estava fechada.
- Está tudo fechado. Você não ficou sabendo dos últimos acontecimentos?
- Não...
- Queimaram um ônibus da CTA, metralharam o Teatro Municipal, invadiram a Unip e parece que deram uns tiros na Odonto também.
- Nossa, pensei que fosse boato!...
- Que nada!
- Por isso suspenderam as aulas no câmpus, então. Aqui no centro também?
- Também, as atividades estão todas suspensas até sexta.
- Que coisa...

(e eu que pensava que só em São Paulo)

nothingman - pearl jam - once divided... nothing left to subtract... some words when spoken... can’t be taken back... walks on his own... with thoughts he can’t help thinking... future’s above... but in the past he’s slow and sinking... caught a bolt of lightning... cursed the day he let it go... nothingman... nothingman... isn’t it something? nothingman... she once believed... in every story he had to tell... one day she stiffened... took the other side... empty stares... from each corner of a shared prison cell... one just escapes... one is left inside the well... and he who forgets... will be destined to remember... oh... oh... oh... nothingman... nothingman... isn’t it something? nothingman... oh, she don’t want him... oh, she won’t feed him... after he’s flown away... oh, into the sun... ah, into the sun... burn... burn... burn... nothingman... nothingman... isn’t it something? nothingman... nothingman... nothingman... could’ve been something... nothingman... oh...ohh... ohh... ohh...

homem-nada - pearl jam - uma vez dividido... nada resta para ser subtraído... algumas palavras quando ditas... não podem ser retiradas... caminha sozinho... com pensamentos que ele não consegue evitar de pensar... o futuro está acima... mas no passado ele é devagar e está afundando... agarrou um raio... amaldiçoou o dia em que o deixou ir... homem-nada... homem-nada... isso não é alguma coisa? homem-nada... ela uma vez acreditou... em toda história que ele tinha para contar... um dia ela endureceu... foi para o outro lado... olhares vazios... de cada canto de uma cela de prisão compartilhada... um só escapa... um é deixado dentro do poço... e ele que esquece... será destinado a lembrar... oh... oh... oh... homem-nada... homem-nada... isso não é alguma coisa? homem-nada... oh, ela não o quer... oh, ela não o alimentará... depois que ele tiver voado para longe... oh, (para) dentro do sol... ah, (para) dentro do sol... queimar... queimar... queimar... homem-nada... homem-nada... isso não é alguma coisa? homem-nada... homem-nada... homem-nada... poderia ter sido alguma coisa... homem-nada... oh...ohh... ohh... ohh...

better man - pearl jam - waiting watching the clock it's four o'clock it's got to stop tell him take no more she practices her speech as he opens the door she rolls over pretends to sleep as he looks her over she lies and says she's in love with him can't find a better man she dreams in color she dreams in red can't find a better man can't find a better man can't find a better man ohh talking to herself there's no one else who needs to know she tells herself oh memories back when she was bold and strong and waiting for the world to come along swears she knew it now she swears he's gone she lies and says she's in love with him can't find a better man she dreams in color she dreams in red can't find a better man she lies and says she still loves him can't find a better man she dreams in color she dreams in red can't find a better man can't find a better man can't find a better man yeah she loved him yeah she don't want to leave this way she feeds him yeah that's why she'll be back again can't find a better man can't find a better man can't find a better man can't find a better man

homem melhor - pearl jam - esperando olhando o relógio são quatro horas isso tem que parar diga para ele não demore mais ela pratica sua fala enquanto ele abre a porta ela rola para o lado finge estar dormindo enquanto ele a observa ela mente e diz que está apaixonada por ele não consegue encontrar um homem melhor ela sonha a cores ela sonha em vermelho não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor ohh falando sozinha não há ninguém mais que precise saber ela diz para si mesma oh memórias de volta quando ela ela corajosa e forte e estava esperando que o mundo viesse junto jura que ela sabia agora ela jura que ele se foi ela mente e diz que está apaixonada por ele não consegue encontrar um homem melhor ela sonha a cores ela sonha em vermelho não consegue encontrar um homem melhor ela mente e diz que ainda o ama não consegue encontrar um homem melhor ela sonha a cores ela sonha em vermelho não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor é ela o amava é ela não que sair desse jeito ela o alimenta é é por isso que ela estará de volta novamente não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor não consegue encontrar um homem melhor

(gosto de Pearl Jam porque)

(correções e comentários às traduções e às letras assim que eu tiver saco pra)

domingo, 14 de maio de 2006

Tão inhas

ninguém mandou ficar trabalhando até as três da madrugada tomando friagem agora agüenta essa rouquidão esse catarro essa coceira nos pulmões essa coriza esses calafrios essa febre essas mãos geladas mas foi por uma boa causa um ponto a menos no inferno um ponto a mais no céu supondo que os haja claro só limão com mel não adianta detesto me automedicar mas fazer o quê obrigada pelo melhoral espero que melhore mesmo cama a tarde toda e ainda ouço um você deveria ter vindo antes ah sim pegar um ônibus que leva meia hora ou mais pra passar com febre e frio mesmo que o sol esteja brilhando isso não significa que e o pior é ouvir superstições e reclamações que saco mas desde quando cinco horas já não é mais dia das mães não me venha com seus melindres não quer aceitar o cumprimento não aceita oras o que posso fazer somos um caso perdido mesmo pelo visto alguma espécie de maldição se eu acreditasse nelas uma historinha de condenação da linha que sangra da família

(só não jogue sua culpa nos meus ombros por favor você não percebe que por um lado comparando-me a você você acaba indiretamente se comparando a ela por outro lógica isso é é isso aí não se deve tentar deduzir o que se passa pela cabeça dos filhos então por que diabos você insiste em fazê-lo só pra me machucar deve ser provavelmente uma maneira de ajudar a secar as feridas que eu mesma provoco em você relacionamento doentio esse hein acho que vou desejar feliz dia das mães ao meu pai então coitado ele também merece tá vendo disse também o que significa que julgo que você merece primeiro lógica de novo mas você não entenderia tenho certeza e acabei desejando mesmo espero que ele tenha gostado ao menos um pouquinho não que nosso relacionamento seja fácil muito muitíssimo pelo contrário você sabe disso melhor do que ninguém ou seja o problema sou eu mesma que triste vou chorar sim ironia não estou pra lágrimas hoje ainda bem credo)

por isso não quero ter filhos principalmente filhas embora meninas seja o que mais me agrada em matéria de crianças talvez por eu gostar de ser mulher ao contrário de muitas mulheres que conheço e são bem mulheres mesmo mas se sentem injustiçadas pelo mundo como aliás o somos todas nós marias e madalenas mundo de homens cada vez menos homens a propósito mas não vou bancar a feminista hoje não estou com saco pra isso não estou com saco pra quase nada na verdade só concluir uma outra partezinha do meu trabalho quase que literalmente abençoado eles não sabem a herege que sou pobrezinhos e me pergunto freqüentemente o que fariam caso soubessem me repudiariam retirariam tudo o que disseram até agora ou agiriam feito bons cristãos de fato e me perdoariam magnanimamente como se houvesse o que perdoar bom até tem vai mas não do modo como eles pensam ou pensariam que seja responder um e-mail tão gentil show do ney claro com você será melhor ainda minha amiga

e tenho que estudar francês que vergonha
e tenho que estudar inglês com urgência
e tenho que estudar alemão oras

(e pra isso tenho que deixar de fazer coisas inúteis como esta na internet e também tenho que melhorar dessa gripe maldita que espero que seja só gripe mesmo e não dengue ou porcaria que o valha e tenho que bom tenho que fazer tanta coisa enfim)

“Um conto é significativo quando quebra seus próprios limites com essa explosão de energia espiritual que ilumina bruscamente algo que vai muito além da pequena e às vezes miserável história que conta (...).”

Julio Cortázar, que eu amo, citado por Augusto Cavalcanti, que, ao menos de nome, desconheço, em conto curioso que veio parar na minha caixa-de-entrada:

“(...)

silêncio

é só nele que sou.
e quando estiver quieto
se acaso disseres
‘eu sempre soube’
eu
meu amor
tenho um par


Chamar-se-á beatriz e nada mais.”

in and out - come

(“nós não vivemos mais sem você”)

- What’s your favourite kind of food?
- My favourite kind of food is Italian food.

- Who’s your favourite actor?
- My favourite actor is Johnny Depp.

- What’s your favourite kind of music?
- My favourite kind of music is rock.

(“eu estou muito contente com vocês”)

Thank you so much.


(“ah, mas é importante”)

Samstags haben wir Deutschunterricht.

DC geht sonntags oder montags ins Kino.

Montags und mittwochs hat sie Spanischunterrichte.

(“nós trabalhamos bastante hoje”)

Vielen Dank.

E me lembro da citação no encarte de Yield,

four days alone with nothing.
emerge empowered...
“the first human face you see will knock you back 50%.
- buk

que não se aplica bem ao caso, mas como é que alguém pode passar do canto ao choro em questão de minutos? Und morgen ist Muttertag. Gonna bury myself in work.

(traduções do inglês óbvias, então... não, tem o “quatro dias sozinho com nada. você emerge energizado... ‘a primeira face humana que você vir vai derrubá-lo de volta 50%.’”, mais ou menos isso, e o "vou me enterrar em trabalho". ah, e o título do post é um trocadilho com as palavras “income” e “outcome”, literal e simplificadamente, “rendimento” e “resultado”, e “in”, “out” e “come”, algo como “pra dentro”, “pra fora” e “vir”, que eu quis um presente do indicativo plural ou um imperativo, não sei)
(traduções do alemão: 01. Aos sábados temos aula de alemão.; 02. DC vai ao cinema aos domingos ou às segundas.; 03. Às segundas e às quartas ela tem aulas de espanhol.; 04. Muito obrigada. - sim, óbvio também; 05. E amanhã é Dia das Mães. - óbvio, de novo)

sábado, 13 de maio de 2006

Dirty minds

(Não gosto deles tirando sarro dos fãs portugueses, mas... Pior do que “Os Beatles” seria traduzirmos pra “Os Beatsouros” ou coisa que o valha, oras. Apresentador estúpido. Bom, no fim, quem passou por ignorante foram eles, que inventaram um português mais parecido com um alemão deturpado – e os portugueses é que eram “ridiculous”, tá.)

Honey, don't - The Beatles (?) - Well, how come you say you will, when you won’t? Say you do, baby, when you don't? Tell me, honey, how do you feel? Tell the truth, now, is love real? But, uh-uh, honey, don't. Well, honey, don't. Yeah, honey, don't. Well, honey, don't. Yeah, honey, don't. Say you will, when you won't, uh-uh, honey, don't. Well, I love you, baby, and I want you to know I like the way that you wear your clothes. Everything about you is so doggone sweet. You got that sand all over your feet. But, uh-uh, honey, don't. Well, honey, don't. Yeah, honey, don't. Well, honey, don't. Yeah, honey, don’t. Say you will, when you won't, uh-uh, honey, don't. Well, I love you on a Saturday night. Sunday morning, you don't look right. You’ve been out, painting the town. Uh-uh, honey, been stepping around. But, uh-uh, honey, don't. Well, honey, don’t. Oh, honey, don’t. Oh, honey, don’t. Honey, don't. Yeah, say you will, when you won't, uh-uh, honey, don't.


Docinho, não - The Beatles (?) - Bem, como você diz que vai, quando não vai? Diz que sim, querida, quando não? Diga, docinho, como você se sente? Agora, diga a verdade, o amor é verdadeiro? Mas, ahn-ahn, docinho, não. Bem, docinho, não. É, docinho, não. Bem, docinho, não. É, docinho, não. Dizer que vai, quando não vai, ahn-ahn, docinho, não. Bem, eu amo você, querida, e quero que saiba que gosto do jeito como você usa suas roupas. Tudo em você é tão irritantemente* doce. Você tem aquela areia nos seus pés todos.* (?!) Mas, ahn-ahn, docinho, não. Bem, docinho, não. É, docinho, não. Bem, docinho, não. É, docinho, não. Dizer que vai, quando não vai, ahn-ahn, docinho, não. Bem, eu amo você numa noite de sábado. Domingo de manhã, você não parece bem. Você esteve fora, esteve se divertindo pela cidade*. Ahn-ahn, docinho, esteve perambulando por aí*. Mas, ahn-ahn, docinho, não. Bem, docinho, não. Oh, docinho, não. Oh, docinho, não. Docinho, não. É, dizer que vai, quando não vai, ahn-ahn, docinho, não.

* 01) Segundo o Longman Dictionary of Contemporary English, “doggone” é inglês estadunidense falado e antiquado, “usado quando você está levemente irritado(a) com alguma coisa”. 02) Alguém pode me ajudar com essa? “You got that sand all over your feet.” – só pode ser uma expressão que desconheço e que não consta do Longman, infelizmente. 03) LDoCE: “paint the town (red)” = [informal] sair para ir a bares, clubes, etc. para se divertir. 04) Será que “step around” tem algum significado mais “sutil” além do literal?...


(OK, no “As for”) The idea that youngsters of today have nothing to be proud of or call uniquely their own (OK, no “it”) is far from (OK, no “being”) original: there is not a time when young people have not been regarded with suspiscion and disapproval by older people, for man has always been afraid of the new, of changes, of whatever may represent a threat to his old safe values. I call it simply conflict of generations.

(certo, nada de “Quanto a”) A idéia de que a juventude de hoje não possui nada de que se orgulhar ou nada para chamar de unicamente seu (certo, nada de “ela”) está longe de ser (certo, nada de “ser”, em inglês, pelo menos) original: não existe uma época em que os jovens não tenham sido vistos com suspeita e desaprovação pelos mais velhos, pois o homem sempre temeu o novo, as mudanças, o que quer que seja que possa representar uma ameaça a seus velhos e seguros valores. Eu chamo isso simplesmente de conflito de gerações.

(créditos da canção: não deve ser deles, mas conheço do – e segui a letra pelo – álbum The Beatles: Live at the BBC, que ganhei já há algum tempo do Jô, sempre tão gente-boa, que, por sua vez, havia ganhado de sabe-se-lá-quem)

(créditos do excerto: mistakes by me and corrections by my dear – really British – English teacher)
e, sim, “dirty minds” equivale a algo como “mentes poluídas” – e, sim, foi propositalmente escolhido para ser, fora de contexto, o título do post, meio que um exercício “dadá” e meio que um lembrete para mim mesma

sexta-feira, 12 de maio de 2006

melting - meanings and collocations

Quelle belle surprise celle de recevoir un mél de toi!... (correção: Quelle belle surprise que de recevoir un mail de toi!...)

Internet, again?

(música ambiente)
- Excuse me.
- Yes? (fazer o quê, né?)

Que ótima surpresa receber um e-mail seu!...

quase quinhentos reais que não tenho e quase aparento o que não sou mas passarei a ser se no fim todos formos mesmo o que possuirmos

o alívio e o risco do dizer-o-que-deve-ser-dito

- Entschuldigung. Buchstabieren Sie, bitte.
- Ich heiße: L-E-O-N-A-R-D-O, Leonardo.
- Und Ihr Familienname?
- * - # - “ - %, *#“%.
- OK. Wie alt sind Sie?
- Ich bin zw... (a... “ie”, é isso?...)
- (“Ei”? Zwei?)
- ... zwei... (ts... “i”?)
- (“U”? Und? Zweiund...? Lembra que a unidade vem sempre antes da dezena.)
- ... zweiz...
- (Não. Zweiundzwanzig? Vinte e dois?)
- (Não. Só vinte.)
- (Ah, vinte!... rs Então, tá certo. É “zwanzig” mesmo.)
- Ich bin... zwanzig... Jahre alt.
- (Certinho. Sempre me esqueço de que vocês são bem mais novos do que eu, em geral.)

se todos fossem na classe iguais a você

(and i’ll try to remember not to listen to coldplay on such a cold day)

E quem precisa de suit of armour quando se tem um édredon macio e quentinho? Experimenta se aventurar em cruzadas por essas terras profanas trajando apenas calcinha e édredon então.

(tecla sap nas linhas e entrelinhas do contexto - ah, só "melting", que pode significar "derretendo", entre muitas outras coisas, por isso o "meanings" e "collocations", "significados" e... ah, as palavras passíveis de serem combinadas com outra específica, no caso, "melting" mesmo, c'est compris? non? ah, forget it)

domingo, 7 de maio de 2006

Reações - ou entaota