segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Barcelona Babilônia


[Wendy, anglófona, tentando explicar, por telefone, à mãe de Xavier, francófona, que ele está na faculdade:]

Wendy: Xavier’s gone to school. Okay? (O Xavier foi pra escola. Certo?)

Xavier’s Mother: Ah, oui! Il est à la fac. (Ah, sim! Ele está na faculdade.)

Wendy: What? (Quê?)

Xavier’s Mother: La fac! (A faculdade!)

Wendy: La fuck? (A foda?)

Xavier’s Mother: Yes. After fac he can telephone maman. (Sim. Depois da faculdade ele pode telefonar pra mamãe.)

[Wendy, gastando o seu “francês”, após essa breve conversa telefônica com a mãe de Xavier:]

Wendy: I’m going to fuck. (Vou à foda. / Vou foder.)

Trocadilho engraçadíssimo, rs. Uma tradução melhorzinha para o português seria, talvez, “facul” para “fac” e, adaptando para justificar a confusão pela sonoridade, “cu” para “fuck” (hum, melhor nem arriscar uma outra versão pra última frase da Wendy, então, rsrsrs), mas acho que dá pra entender a idéia. Mais citações, especialmente sobre a vida em uma nova cidade (ah, tem também a cena, hilária, em que a amiga lésbica de Xavier lhe dá uma aulinha sobre como, digamos, “abordar” uma mulher, rs), assim que eu conseguir assistir ao DVD novamente, com legendas em francês, porque não vou copiar a tradução para o inglês das citações lá do IMDb se o filme não é em inglês, claro. Chata, eu sei, rs. Mas o filme é muito bacana, estilão comédia inteligente. Sem contar que podemos ouvir um bocado de línguas diferentes, francês, espanhol, catalão, inglês, acho que até holandês, se não me engano... Verdadeira torre de babel, uma delícia. Vi no cinema quando saiu e comprei recentemente, pra mim e pra uma amiga que o adorou e o “encomendou” comigo. Agora vou sempre me lembrar dela quando pensar nesse filme, legal. Legal também seria fazer o que o protagonista faz (sim, passar um ano em outro país também, mas não só isso – sem contar que, sim, já dividi, ainda que por pouco tempo, uma “moradia estudantil”, saudade!..., e posso dizer que o filme retratou muito bem as pessoas legais e as coisas legais, mas convenientemente “atenuou” as pessoas chatas e as coisas chatas, rs), jogar tudo pro alto e se dedicar a um antigo sonho, escrever. Quem me dera. Ah, e quem me dera fazer flamenco também!!! rsrsrs

(créditos a Cédric Klapisch)