quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
É rir
sábado, 2 de janeiro de 2010
No país das maravilhas
E cá estou, assistindo a Closer novamente. Primeira vez no cinema, depois mais uma ou outra tentativa na TV. Deveria ter ido dormir, mas fiquei até o fim desta vez. Mais um filme que me levará à peça. O primeiro foi Amadeus. Teatro inglês também, coincidência.
Dan: And you left him, just like that?(E você deixou ele, simples assim?)
Alice: It's the only way to leave. “I don't love you anymore. Goodbye.” (É o único jeito. “Não te amo mais. Adeus.”)
Dan: Supposing you do still love them? (E se você ainda ama a pessoa?)
Alice: You don't leave. (Você não deixa ela.)
De Mozart tenho muito pouco, e isto se considerarmos tudo o que qualquer ser humano tem em comum com outro, genes, basicamente. Das personagens desse outro filme, todas as quatro, acho que tenho, temos, todos, mais. Mas o gênio de Amadeus, o filme e a peça, é bem humano também. Assim como seu antagonista, Salieri, o suposto vilão.
Dan: Deception is brutal, I'm not pretending otherwise. (Traição é cruel, não vou fingir que não.)
Alice: How? How does it work? How do you do this to someone? (Como? Como acontece? Como você faz isso com alguém?)
[Dan is silent.] (Dan fica em silêncio.)
Alice: Not good enough! (Isso não é uma boa resposta!)
Alice: Is it because she's successful? (É porque ela tem sucesso?)
Dan: No. It's because... She doesn't need me. (Não. É porque… Ela não precisa de mim.)
Dan: I'll always love you. I hate hurting you. (Eu sempre vou te amar. Detesto te machucar.)
Alice: Then why are you? (Então por que você está me machucando?)
Alice: You still fancy me? (Você ainda gosta de mim?)
Dan: ...Of course. (Claro.)
Alice: You're lying. I've been you. (Mentiroso. Eu já disse isso também.)
Alice: Can I still see you? (Ainda posso te ver?)
[Dan stands silent.] (Dan permanece calado.)
Alice: Dan, can I still see you? Answer me. (Dan, eu ainda posso te ver? Me responde.)
Dan: I can't see you. If I see you, I'll never leave you. (Não posso te ver. Se eu vir você, nunca vou te deixar.)
Alice: What will you do if I find someone else? (E se eu conhecer outra pessoa?)
Dan: Be jealous. (Eu ia ficar com ciúme.)
Há várias outras passagens igualmente ou mais interessantes. Minha escolha certamente foi parcial. Mas vai passar. Logo, espero. Na verdade, falando em passagens, estava pensando em copiar outra aqui, outras, talvez, brincadeirinhas em várias línguas. Fica pra depois, que isso de ficar se procurando, se achando em obra de arte é...
Alice: Where is this love? I can't see it, I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words. (Onde está esse amor? Não consigo ver, não consigo tocar. Não consigo sentir. Só consigo ouvir. Eu ouço umas palavras, mas não consigo fazer nada com as suas palavras fáceis.)
Alice: [to Daniel] You're a piece of shit. (Você é um merda.)
Foda, rs. Foda, no bom sentido, é a canção-tema do filme, ‘The blower’s daughter’, título foda também de traduzir. Na legenda ficou “A filha do vento” – e agora tenho a impressão de já ter copiado e traduzido essa letra por aqui. ‘‘Til I find somebody new.’ é meio que disappointing, depois de todos aqueles ‘I can’t take my eyes/mind off you.’, e, ainda assim, surprisingly true and refreshing.
O trailer: http://www.youtube.com/watch?v=OS-SLbjLTNA
O clipe: http://www.youtube.com/watch?v=5YXVMCHG-Nk
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Isso porque eu ia escrever sobre A mulher que matou os peixes, da Clarice, rsrsrs. Ah, sim, e o nome dela não era Alice. Ela, a mocinha do filme. A parte real, como ela diz, foi deixada de fora. Em teoria, não sofreu. A Alice de verdade morreu em um incêndio salvando três crianças, simbolozinho curioso atirado na nossa cara no final do filme. No da peça, a Jane, nome verdadeiro da tal personagem, parece que morre também, acidente de carro, como no início. A volta ao princípio.
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(créditos: Patrick Marber, acho, e Damien Rice)