segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Um cântico e uma epístola

Sensação de dia perdido. Como é que alguém consegue levantar às três e meia, almoçar, ler um pouco, voltar a dormir e só acordar novamente às nove e meia? Acúmulo de sono, claro, e o frio também, além de um certo... desânimo. O pior foi perder rock e cinema. Mais disposição à noite, um jantar simples e uvas como sobremesa, um pouco de trabalho para me dignificar, as primeiras linhas de uma carta prometida há dias e uma pausa para isto aqui. Trecho do que li:

Você roubou meu coração,
minha irmã, noiva minha,
você roubou meu coração
com um só de seus olhares,
uma volta dos colares.
Como seus amores são belos,
minha irmã, noiva minha.
Seus amores são melhores do que o vinho,
e mais fino que os outros aromas
é o odor de seus perfumes.
Seus lábios são favo escorrendo,
ó, noiva minha.
Você tem leite e mel sob a língua,
e o perfume de suas roupas
é como a fragrância do Líbano.

Você é um jardim fechado,
minha irmã, noiva minha,
um jardim fechado,
uma fonte lacrada.
Sim, a Bíblia, há tempos gostaria de conseguir lê-la, curiosidadezinhas literárias, começo pela passagem mais “laica”, então, o famoso Cântico. Mas agora volto à minha epístola (não resisti ao trocadilho, perdão).