segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Convergências

“También hay ríos metafísicos”, é o que diria (e disse) la Maga. Pois hoje eu digo que há rios bastante físicos também. Que o diga a Glaucia (que, não, não tem nada de suicida, ao menos até onde sei – vai que de suicida todo mundo também tem um pouco...), graças a quem agora sei que D. similis e D. magna são espécies de microcrustáceos, que em testes de toxicidade imobilidade significa morte, que Piracicaba faz muito mal ao rio Corumbataí, etc.. Coisas que eu só poderia aprender revisando a tradução de um artigo como esse, mesmo. Falando nisso, meu pai (e quem me dera fosse só ele) precisa aprender que, sim, sou mesmo consumidora virtual compulsiva (e assumida) de “objetos de cultura”, na falta de uma designação melhor, mas há coisas que eu só poderia aprender lendo um livro, ouvindo um CD, assistindo a um DVD. Espero que o exemplo do Zaga tenha colado, rs. E espero também que até amanhã não tenham se esgotado os quinze itens que problemas com este meu velho (mas querido, pobrezinho, companheiro de tantos dias, de tantas noites, de tantas madrugadas, muitas vezes emendados, às vezes minha vítima, às vezes minha testemunha, às vezes meu cúmplice – nossa, bem que o tal carinha falou da tal “desterritorialização”, rs! Vejam só, eu fazendo declarações de amor ao meu computador, que coisa – deprimente, rs. E só agora, relendo isto aqui, percebi a ambigüidade absolutamente não-proposital, mas maravilhosa – sim, termo bem proposital, rs – deste “velho”, que até poderia ser meu pai, vai, mas é, como já disse e como se vê logo a seguir, meu) PC me impediram de comprar, talvez para o bem (sobretudo da minha literalmente pobrezinha conta bancária), acaso objetivo, será? Mera coincidência. Ou não. Whatever. Só sei que certas coisas são irresistíveis, sejam elas físicas ou não. Ouvir Pink Floyd, por exemplo. Ver o Syd Barrett, por exemplo. Rever Mary Poppins, por exemplo. Coisas no meio do caminho entre a física e a Meta, com maiúscula, caso ainda se acredite em coisas escritas com letra maiúscula (o que não é o meu caso, ao menos até onde consigo me lembrar agora). O Julio talvez as chamaria simplesmente de maravilloso, como no tal “La tos de una señora alemana” (preciso ouvir – sim, ouvir, só tenho em CD [pirata, eu e meus detalhes insignificantes], não em livro – de novo, mas sempre penso nessa passagem que me faz pensar em tudo o que teve que convergir para que eu pudesse ter o prazer, físico, metafísico, como queiram, de ouvir Pink Floyd, ver o Syd Barrett, rever Mary Poppins, ouvir o próprio Julio, enfim), um maravilhoso bem simples mesmo, porque concreto, porque físico, porque maravilhoso. E agora é hora de parar de “viajar”, metafórica porque abstratamente falando, e ceder à realidade bem física de um sono maravilhosamente pesado, se tudo convergir para isto, e, como diriam, deusqueiraquesim (hum, imaginem um deus chamado Queiraquesim, Keyrakessyn, “Dunyazadíada”, Drummond – não resisti, perdoem).

1 Comments:

Blogger Ela é said...

Bru, esse A vc conhece, pelo menos eu já falei dele... mas ñ vale a pena, porque vc conhece essa minha história cinza do fim do ano passado, né? Antes de eu passar o Natal na sua casa. De fato o menino morava na mesma rua que vc. Coloquei porque foi verdade eu sonhei com ele e senti vontade de colocar. Mas acho que sinto mais saudades de vc, das nossas conversas noturnas, das nossas falas de tudo e nada; sinto saudades de vc simplismente isso. Quando vc vem? hj descobri que tem bolsas para fazer pesquisas no Brasil, quem sabe e eu volto para o mestrado ou doutorado... Beijos mil, e obrigada por aparecer de novo, estava ficando preocupada, serio, muito preocupada mesmo.

Beijos

10/10/06 00:28  

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