sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Que coisa, que coisa, que coisa

E quem diria que o meu francês capenga serviria pra esse tipo de coisa, minha mãe é pior que eu, sempre disse isso pra ela, desde que mal me conheço por gente, que eu devia ser mais velha que ela em espírito, essas coisas todas de vidas passadas e tal, em que, sim, hoje em dia, não acredito, ninguém me perguntou, mas não me custa muito dizer, me custa, e muito, é acreditar, em qualquer coisa, por sinal, que coisa mais triste, ou não, talvez, depende do ponto-de-vista, mudando de assunto, o moço lá do açaí deve estar feliz da vida por ter ganhado, ganho?, oh, céus, que vergonha, preciso estudar português urgente, e não se diz “estudar urgente”, e sim “estudar urgentemente”, isso eu sei, preguiça de escrever, digitar cansa os únicos quatro, quatro ou três?, dedos com que digito, pobrezinhos, então, ele deve estar todo contente com as mais novas clientes fiéis dele, açaí duas vezes em menos de uma semana não é pra qualquer um, depois olho pros tais pneuzinhos como se eu não soubesse de onde eles vêm, hipocrisia?, mas o lugar é mesmo muito bacana, ambiente agradável, comida ótima, preço justo, vale a pena, e ainda por cima a gente vai pagar a conta e escuta um “vocês são simpáticas”, quem é que não volta?, nem precisa dizer o tal “volte sempre”, frasezinha batida, isso do “simpáticas” foi bastante original, relativamente falando, até provocou um “o moço gostou de você”, “por que de mim, e não de você?” como resposta, hum, pensando bem, não me importaria se fosse comigo o negócio mesmo, acho, bonitinho o moço, e com “bonitinho” não quero dizer “feio arrumadinho”, assim como espero que com “simpáticas” ele não queira ter dito algo do gênero, provavelmente não, coitado, ossos do ofício, tratar bem a clientela pra que ela volte sempre ainda que não se peça assim explicitamente, e é claro que a gente volta, ainda mais com um atendimento desses que rende comentários idiotas como este depois, hum, mas sabe que eu reparei nas tais frases do dia?, família religiosa, bem religiosa, pelo visto, e eu aqui escrevendo besteiras, heresia, que coisa mais feia.

e não vou incluir trecho algum da letra aqui hoje, por falta de tempo, espaço, paciência e propósito, mas cabe ressaltar que estou, assim, com-ple-ta-men-te apaixonada por “echoes”, que desenterrei depois de um bom tempo, graças ao live at pompeii, benditas sejam a carol e a lidi quando quiseram vê-lo e me fizeram vê-lo pela primeira vez, ainda que aos pedaços, mais um entre as literalmente muitas dezenas de dvds que compro mas nunca vejo, falta de tempo, desculpa descaradamente esfarrapada, o negócio é que, desde então, o que não faz muito mais de mês, devo ter visto, com falta de tempo real e tudo, mais umas duas ou três vezes, verdadeiro recorde, pela minha média, ainda escrevo alguma heresia aqui sobre ele, que coisa mais irresistível
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e me lembrei de um poema do baudelaire, era um albatroz mesmo?, ótima conexão essa do francês-floyd-baudelaire, pena que este post já está longo demais, fica pra uma próxima, quando e se eu me lembrar, claro, tantas próximas de que já me esqueci