Minha cara II
(I)
Dos dedos pras palmas, das palmas pros pulsos, dos pulsos pra onde?
[coincidência ou whatever: capítulo 80]
(II)
- Está tudo bem?
- Está. (sorriso largo para dar credibilidade ao bem)
- Qualquer coisa, é só falar comigo.
- Obrigada.
- A moça gostaria de mudar de mesa?
- (pára de se abanar por causa da fumaça de cigarro) Ãhn...
- (inaudível) ... aquela mesa ali. (apontando para as proximidades do “palco”)
- Pode ser. (já sentada, sinal de “valeu” ao garçom)
- Quer ouvir alguma coisa?
- (sorriso e sinal afirmativo com a cabeça, típico de quem não entendeu)
- O quê?
- (cara de quem só então entendeu e sinal de “qualquer coisa”)
[coincidências ou whatever: “Wish you were here” e “João e Maria” em seqüência, logo na seqüência]
[coincidência ou whatever: “Stairway to heaven”]
- Você toca?
- Ãhn?
- Você toca?
- Não, infelizmente!... (sorriso largo para reforçar a infelicidade)
- Qual o seu nome?
- (diz o nome e sorri)
- (estende a mão) Achei você legal. Com personalidade.
- Obrigada. (sorriso se-você-soubesse)
- (estende o cartão) Aqui tem meu site, tem várias coisas...
- Legal.
- Dia 29 eu toco lá no SESC, se você puder ir...
- Ah, aqui... (aponta na direção do lugar mencionado, gesto obviamente desnecessário) Vou, sim. (sorrindo e pensando em em que dia da semana cai o dia mencionado)
[no coincidences: a mesma ausência e a mesma presença no final]
- (esperando) Oi.
- (passando) Oi.
- Posso saber seu nome?
- (diz o nome)
- Como?
- (repete o nome, agora de forma mais clara) E o seu? (tentando não parecer antipática)
- (diz o nome e sorri) Você mora por aqui?
- Sou vizinha aqui do bar.
- É que eu sempre te vejo aqui sozinha, com o seu vinho...
- (sorriso pois-é)
- Desculpa o galanteio a esta hora da noite, mas você é muito bonita.
- Obrigada. (sorriso se-você-soubesse) Agora eu tenho que ir, trabalho amanhã cedo. Tchau.
- Tchau.
Dos dedos pras palmas, das palmas pros pulsos, dos pulsos pra onde?
[coincidência ou whatever: capítulo 80]
(II)
- Está tudo bem?
- Está. (sorriso largo para dar credibilidade ao bem)
- Qualquer coisa, é só falar comigo.
- Obrigada.
- A moça gostaria de mudar de mesa?
- (pára de se abanar por causa da fumaça de cigarro) Ãhn...
- (inaudível) ... aquela mesa ali. (apontando para as proximidades do “palco”)
- Pode ser. (já sentada, sinal de “valeu” ao garçom)
- Quer ouvir alguma coisa?
- (sorriso e sinal afirmativo com a cabeça, típico de quem não entendeu)
- O quê?
- (cara de quem só então entendeu e sinal de “qualquer coisa”)
[coincidências ou whatever: “Wish you were here” e “João e Maria” em seqüência, logo na seqüência]
[coincidência ou whatever: “Stairway to heaven”]
- Você toca?
- Ãhn?
- Você toca?
- Não, infelizmente!... (sorriso largo para reforçar a infelicidade)
- Qual o seu nome?
- (diz o nome e sorri)
- (estende a mão) Achei você legal. Com personalidade.
- Obrigada. (sorriso se-você-soubesse)
- (estende o cartão) Aqui tem meu site, tem várias coisas...
- Legal.
- Dia 29 eu toco lá no SESC, se você puder ir...
- Ah, aqui... (aponta na direção do lugar mencionado, gesto obviamente desnecessário) Vou, sim. (sorrindo e pensando em em que dia da semana cai o dia mencionado)
[no coincidences: a mesma ausência e a mesma presença no final]
- (esperando) Oi.
- (passando) Oi.
- Posso saber seu nome?
- (diz o nome)
- Como?
- (repete o nome, agora de forma mais clara) E o seu? (tentando não parecer antipática)
- (diz o nome e sorri) Você mora por aqui?
- Sou vizinha aqui do bar.
- É que eu sempre te vejo aqui sozinha, com o seu vinho...
- (sorriso pois-é)
- Desculpa o galanteio a esta hora da noite, mas você é muito bonita.
- Obrigada. (sorriso se-você-soubesse) Agora eu tenho que ir, trabalho amanhã cedo. Tchau.
- Tchau.
La pobre se vuelve a casa, etc., pero esto no es lo que yo En fin.
[A infeliz volta para casa, etc., mas isto não é o que eu Enfim.]
.
(créditos: Julio Cortázar – a frase; Fernando de Castro Ferro – a tradução; eu – o respeito à pontuação original)
3 Comments:
vc gosta dos diálogos, né??? Beijos, abraços e mil saudades.
Minha querida ñ sabe quanto eu preciso de vc, entra no MSN, vem para cá. Beijos
vc tem que tomar escolher a opcao 3... vir aqui. ñ vai ao psicólogo, conta os problemas para mim, minhas orelhas sao grandes. Quer saber, estou apaixonada do meu professor de sociolingüística, é uma paixao pelos homens inteligentes, bonzinhos e sensiveis... amou essa disciplina, mas que ele, acho que ñ é ele, mas sim as coisas que fala e o jeito de transmitir esse amor ao conhecimento.
Beijossss
Postar um comentário
<< Home