De casa
[anotações de aula de hoje:]
Thomas Mann: o tempo do discurso pauta (referência à ligação entre Mann e a música) o tempo da história – FILME Morte em Veneza: mudanças com relação ao texto, como a profissão do protagonista (de escritor a músico: homenagem de Luchino a Mahler, amigo de Mann – morte Mahler 1912; livro 1914) e as analepses, em que o maestro e seu assistente comentam o passado daquele – balanço do tempo; Luchino elimina os delírios da narrativa, substituindo-os por essas conversas; Mahler: não fazia concessões ao público (assim como o novelista do texto) – Luchino usa a 5ª sinfonia de Mahler, o adágio (tempo): ênfase tema musical à angústia personagem (algo que só o filme pode fazer)
[ótimas tiradas após a aula:]
- Ah, é que isso do Cortázar vem da graduação... Você lembra. Aliás, vem de antes da graduação. Antes da graduação eu já...
- Você não precisa me explicar. É Cortázar.
(...)
- Preciso ler tantos livros e ouvir tanta música pra poder acompanhar o seu nível...
- Música!... Eu só ouvi a 5ª sinfonia do Mahler.
(...)
- Eu tenho o filme.
- Pirata?
- Não! Original mesmo.
- A edição tal?
- Não sei...
- De capa de tal cor?
- Hum, acho que sim.
- Onde você encontrou?
- No submarino ou na americanas, não lembro.
- Mas já procurei em todo lugar, está esgotado faz tempo.
- Comprei faz uns meses já.
- Você teve sorte.
- Vou procurar e, se eu encontrar, dou de presente pra você.
- Você não vai achar, mas aceito o presente.
[anotações de outra aula de hoje:]
cinismo: indício de decadência moral (como o chama o narrador de A mulher do tenente francês) – um dos temas prediletos da literatura pós-moderna
dever e conveniência (definindo a Era Vitoriana) – As convenções sociais exerciam um domínio tirânico sobre as personagens. (cf. epígrafe William Burns? – p. 11 ou cap. 11?) :)
(OBS.: Machado de Assis é um dos autores favoritos dos pós-modernos – nos EUA, por exemplo)
(modernismo: ironia – narrador critica o outro, excluindo-se daquilo que critica; pós-modernismo: cinismo – narrador desconstrói algo no qual ele também se inclui)
[pensamentos idiotas durante a aula:]
Devo ser cínica, então. E vitoriana.
[lembranças de outra aula de hoje:]
Tente se desligar do fato de que era você.
(...)
Interação existe em qualquer lugar.
[um bom papo após a aula:]
- É esse Fusca aí. Ainda quer uma carona?
- Por que não? Em casa também tem um.
- Ele tem vinte anos.
- O nosso tem a minha idade, 24.
- É por isso que não dou carona a desconhecidos.
- Entendo...
(...)
- Não tenho isso de “estou com um problema, vou às compras”, não.
- Também não.
- Prefiro pagar terapia.
- (knowing smile)
- Terapia um dia acaba – a minha já acabou –, comprar é pra sempre.
- (wondering smile)
* a tal epígrafe (“Duty” – “Dever”, 1841, de A. H. CLOUGH, não a de William BARNES):
With the form conforming duly, [À forma obedecendo conforme se deve,]
Senseless what it meaneth truly, [Sem a consciência de seu verdadeiro significado,]
Go to church – the world require you, [Vai à igreja – é o que o mundo te exige,]
To balls – the world require you too, [A bailes – é o que o mundo te exige também,]
And marry – papa and mama desire you, [E casa-te – é o que papai e mamãe te desejam,]
Thomas Mann: o tempo do discurso pauta (referência à ligação entre Mann e a música) o tempo da história – FILME Morte em Veneza: mudanças com relação ao texto, como a profissão do protagonista (de escritor a músico: homenagem de Luchino a Mahler, amigo de Mann – morte Mahler 1912; livro 1914) e as analepses, em que o maestro e seu assistente comentam o passado daquele – balanço do tempo; Luchino elimina os delírios da narrativa, substituindo-os por essas conversas; Mahler: não fazia concessões ao público (assim como o novelista do texto) – Luchino usa a 5ª sinfonia de Mahler, o adágio (tempo): ênfase tema musical à angústia personagem (algo que só o filme pode fazer)
[ótimas tiradas após a aula:]
- Ah, é que isso do Cortázar vem da graduação... Você lembra. Aliás, vem de antes da graduação. Antes da graduação eu já...
- Você não precisa me explicar. É Cortázar.
(...)
- Preciso ler tantos livros e ouvir tanta música pra poder acompanhar o seu nível...
- Música!... Eu só ouvi a 5ª sinfonia do Mahler.
(...)
- Eu tenho o filme.
- Pirata?
- Não! Original mesmo.
- A edição tal?
- Não sei...
- De capa de tal cor?
- Hum, acho que sim.
- Onde você encontrou?
- No submarino ou na americanas, não lembro.
- Mas já procurei em todo lugar, está esgotado faz tempo.
- Comprei faz uns meses já.
- Você teve sorte.
- Vou procurar e, se eu encontrar, dou de presente pra você.
- Você não vai achar, mas aceito o presente.
[anotações de outra aula de hoje:]
cinismo: indício de decadência moral (como o chama o narrador de A mulher do tenente francês) – um dos temas prediletos da literatura pós-moderna
dever e conveniência (definindo a Era Vitoriana) – As convenções sociais exerciam um domínio tirânico sobre as personagens. (cf. epígrafe William Burns? – p. 11 ou cap. 11?) :)
(OBS.: Machado de Assis é um dos autores favoritos dos pós-modernos – nos EUA, por exemplo)
(modernismo: ironia – narrador critica o outro, excluindo-se daquilo que critica; pós-modernismo: cinismo – narrador desconstrói algo no qual ele também se inclui)
[pensamentos idiotas durante a aula:]
Devo ser cínica, então. E vitoriana.
[lembranças de outra aula de hoje:]
Tente se desligar do fato de que era você.
(...)
Interação existe em qualquer lugar.
[um bom papo após a aula:]
- É esse Fusca aí. Ainda quer uma carona?
- Por que não? Em casa também tem um.
- Ele tem vinte anos.
- O nosso tem a minha idade, 24.
- É por isso que não dou carona a desconhecidos.
- Entendo...
(...)
- Não tenho isso de “estou com um problema, vou às compras”, não.
- Também não.
- Prefiro pagar terapia.
- (knowing smile)
- Terapia um dia acaba – a minha já acabou –, comprar é pra sempre.
- (wondering smile)
* a tal epígrafe (“Duty” – “Dever”, 1841, de A. H. CLOUGH, não a de William BARNES):
With the form conforming duly, [À forma obedecendo conforme se deve,]
Senseless what it meaneth truly, [Sem a consciência de seu verdadeiro significado,]
Go to church – the world require you, [Vai à igreja – é o que o mundo te exige,]
To balls – the world require you too, [A bailes – é o que o mundo te exige também,]
And marry – papa and mama desire you, [E casa-te – é o que papai e mamãe te desejam,]
And your sisters and schoolfellows do. [E tuas irmãs e colegas de escola fazem.]
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(Zaga, Maria Lúcia e Gisele - [a]creditar ou não [a]creditar, eis a questão)
1 Comments:
Certo, comprar é para sempre!!! e sonhar também!!!
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