Briga de gigantes
Mas, quando percebo que não adianta insistir, levanto e procuro algo de útil para fazer.
E a escolha de hoje foi, como há alguns dias vem sendo, um filme.
Devo ter visto no cinema também, mas não me lembro. Comprei o DVD meio que na empolgação, nada contra o preço, nada contra o filme... E não me arrependo. Sem dúvida, é um dos meus vale-a-pena-ver-de-novo, pelo menos pela atuação do Al Pacino.
(coincidências: eu ter visto Perfume de mulher recentemente; Al Pacino exibindo seus dotes de dançarino em ambos os filmes, tango e flamenco – flamenco mesmo? bad memory; o último filme-em-língua-inglesa ao qual assisti antes de O advogado..., Entrevista com o vampiro, também se estruturar em torno do “diabólico”; e algumas outras que não percebi ainda)
Estava até conversando com um amigo (se é que posso tomar a liberdade de chamá-lo assim) pelo MSN uns dias atrás (dias atrás ao dia de hoje, que não é 11/01/2006, já que todos os posts anteriores a “Nem aí” são, digamos, retrospectivos – espero chegar logo ao dia um!) sobre esse filme e ele me disse preferir Coração satânico e a atuação de Robert De Niro como o coisa-ruim a O advogado... e a atuação de Al Pacino no mesmo (mesmo entre aspas, claro, por se tratar de filmes diferentes) papel. Coração... vi já começado, madrugada alta, desinteresse. Logo, preciso rever. Mas não tive exatamente uma boa impressão. A história é interessante, claro, talvez até mais do que a da versão-telona de O advogado..., mas, não sei, acho que o meu sono. E me lembro de ter pensado “ah, o Pacino fez isso melhor”. Agora, resta a dúvida.
Pares de citações dos dois filmes, da boca dos dois demônios:
(Kevin Lomax) What about love?
(John Milton) Overrated. Biochemically no different than eating large quantities of chocolate.
(John Milton) Vanity. Definitely my favourite sin.
(Louis Cyphre) No matter how cleverly you sneak up on a mirror, your reflection always looks you straight in the eye.
(Louis Cyphre) They say there's enough religion in the world to make men hate each other, but not enough to make them love.
Fico com a primeira de cada um, principalmente com a primeira do primeiro.
(e me pergunto se... não, não deve ter sido mera coincidência, ainda mais por se tratar também de um livro, o que eu não sabia, certamente a inspiração para o nome do diabo em O advogado... guarda uma relação muito provavelmente irônica com o do poeta de Paradise Lost, John Milton também, que ainda não li)
(ah, mas fiquei mais curiosa ainda agora que descobri que o diretor de Coração... é o Alan Parker, que conheço de The Wall)
(e pensar que ambos, De Niro e Pacino, foram cogitados para o papel do pobre-coitado em Coração..., curioso, sim, eu consulto o imdb, consulto e recomendo)
(ah, e eu adoro o nome Lúcifer, sério-seríssimo, mas não curti muito o trocadilho Louis Cyphre, seria quase como eu inventar uma personagem que se chamasse, digamos, Lúcio Fernando, nome duplo digno de novela mexicana, por sinal, sem ofensa a ninguém, claro)
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